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quarta-feira, 25 de junho de 2014

SELO MAIS CARO DO MUNDO O MAGENTA É VENDIDO POR US$ 9 MILHÕES EM LEILÃO NOS EUA



O selo Magenta de um penny da Guiana Britânica, emitido em 1856 e único sobrevivente de uma série especial limitada, impressa na então colônia britânica, alcançou nesta terça-feira o preço recorde de US$ 9,013 milhões em um leilão da Sotheby's em Nova York.

Apesar de esse valor ter ficado abaixo das previsões, que estabeleciam seu preço entre US$ 10 e US$ 20 milhões, a peça voltou a bater o recorde de preço pago por um só selo, como aconteceu na última vez que tinha saído à venda, em 1980, por US$ 935 mil dólares.

           
                           


A antiga colônia britânica costumava receber seus selos da própria metrópole, mas, em 1856, por causa de um problema no envio, os serviços postais estavam à beira de um bloqueio devido à escassez de selos. Para contornar essa situação, as autoridades locais recorreram à gráfica de um jornal para produzir selos e, dessa forma, nasceram os selos conhecidos por seu preço e cor: o magenta de um penny, o magenta de quatro pence e o azul de quatro pence.

O único sobrevivente do magenta de um penny foi encontrado em 1873 por um estudante de 12 anos na Guiana. Vernon Vaughan, que encontrou o selo entre papéis familiares, adicionou a peça a sua coleção sem suspeitar do valor que alcançaria. David Redden, diretor de projetos especiais e do departamento de livros da Sotheby’s, lembra em nota que, como colecionador de selos, este é “um objeto mágico, a definição própria de rareza e valor”.

Vaughan posteriormente vendeu o selo a uma colecionadora e a peça acabou chegando ao Reino Unido em 1878. Pouco tempo depois, o mesmo artigo foi comprado pelo conde austríaco Philippe la Renotière von Ferrary, possivelmente o maior colecionador de selos da história. Ferrary, austríaco de família italiana e residente em Paris, tinha doado sua coleção ao Museu Postal de Berlim, mas as autoridades francesas confiscaram a coleção após a Primeira Guerra Mundial. A coleção foi leiloada em diversas fases entre 1921 e 1926 e o selo acabou sendo comprado em 1922 pelo milionário americano Arthur Hind, que pagou US$ 35 mil dólares, um número recorde para este tipo de peça.

Após passar por vários proprietários, outro milionário americano, John Dupont, pagou US$ 935 mil dólares pelo selo em um leilão em 1980, a última vez que este único exemplar foi posto à venda.

O atual recorde para um selo vendido em um leilão é para o chamado “Treskilling Amarelo”, um selo sueco de 1855 que foi arrematado por US$ 2,2 milhões em 1996. 

O valor máximo alcançado por uma peça filatélica foi US$ 4 milhões, mas, neste caso, tratava-se de dois selos da então colônia britânica de Mauricio de 1847 que foram usados para um mesmo envio, ambos os artigos também faziam parte da antiga coleção de Von Ferrary.

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