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quarta-feira, 1 de julho de 2015

O ESTADO INDEPENDENTE DO ACRE 1899 - O CARIMBO E O SELO DO ACRE


Hoje vamos conhecer um pouco da história do Acre que um dia foi considerado um Estado Independente por volta de 1899, segundo os registros históricos.

Podemos verificar esse acontecimento na descrição e imagens que o catálogo de selos RHM 57º edição, pág., 413. Muitas pessoas desconhecem esse fato da nossa história e que quase culminou a perda do Acre ao domínio boliviano.

A República do Acre (nome oficial: Estado Independente do Acre) foi um Estado nacional de breve duração, situado no território ocupado pelo atual estado brasileiro do Acre. Foi proclamado por três vezes diferentes; a primeira deu-se em 14 de julho de 1899, pelo espanhol Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e contou com o apoio vizinho do governo estadual do Amazonas; este tinha como sua capital Puerto Alonso, rebatizada de Cidade do Acre (atual Porto Acre).

A segunda República do Acre foi proclamada em novembro de 1900, por brasileiros, tendo Rodrigo de Carvalho assumido o cargo de presidente. Um mês depois, em 24 de dezembro de 1900, os brasileiros foram derrotados pelos militares bolivianos, que dissolveram a República. A terceira República, foi proclamada durante a Revolução Acriana, por José Plácido de Castro, em 24 de janeiro de 1903.

O fim permanente do Estado deu-se com o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, que legitimou a posse brasileira sobre o Acre.

O PERSONAGEM:

Luis Gálvez Rodríguez de Arias (San Fernando, 1864Madrid, 1935) foi um jornalista, diplomata e aventureiro espanhol (muitas vezes erroneamente apontado como boliviano) que proclamou a República do Acre em 1899. Governou o Acre entre 14 de julho de 1899 e 1 de janeiro de 1900 pela primeira vez, e entre 30 de janeiro e 15 de março de 1900, pela segunda e última vez.

SOBRE O SELO DO ACRE:

Durante as pesquisas, Márcio descobrira serem tantas as minúcias de Galvez na constituição do novo Estado, que ele criara a bandeira, o hino, as armas, e mandara imprimir um selo através do Decreto nº 15, onde organizava, também, os serviços de Correios.

Amigo de Joaquim Marinho e sabedor do aficcionismo deste por filatelia, Márcio contou-lhe sobre a existência do tal selo. Logo o empresário contatou clubes, comerciantes e colecionadores no Brasil e no exterior. 

Não demorou muito para surgirem os resultados, conforme conta. "No final de 1977, num leilão da firma J.R.B, em São Paulo, apareceu um envelope com um carimbo redondo, do Governo Militar Provisório do Acre, datado de 1906, despachado do Acre para o Rio de Janeiro, o qual eu arrematei. Passados uns seis meses do leilão, João Roberto Baylongue, dono da firma, me liga contando ter descoberto em seu estoque um selo do Acre, de 1899. Era o procurado selo de Galvez. Ainda sem estimar o seu valor, mas com certeza sabendo ser raro, lhe ofereci um "Olho-de-Boi", o primeiro selo brasileiro, de 1843, que ele achou pouco. Mais dois selos raros colocados em jogo e o negócio estava fechado".

O selo contém na parte superior a inscrição “1899 CORREIO 1899”, e na inferior “300 REIS 300”, destacado por um círculo duplo com a legenda: “ESTADO INDEPENDENTE DO ACRE. PÁTRIA E LIBERDADE”. 

No centro do círculo se veem três figuras: uma árvore representando a seringueira, apesar da imperfeição do desenho, o taperi do seringueiro e completando o quadro, uma tartaruga em pé. Tudo presidido por uma estrela de cinco pontas, a estrela solitária da liberdade, que iluminava o novo Estado e sinalizava o caminho com seus raios de luz. 

A tartaruga em pé, por muito tempo uma incógnita, é, na verdade, uma metáfora para designar a revolução dos lentos. O Acre se levanta de seu tempo ancestral olhando as estrelas de um novo século. 

O selo, que já esteve entre os mais raros e caros do Brasil, é uma peça ainda muito disputada no mundo dos filatelistas. Sabe-se da existência de poucos exemplares, fala-se de cinco ou seis, uma vez que, segundo conta a história, foram apreendidos por uma canhoneira brasileira e destruídos, logo após a destituição de Galvez da presidência da república acreana, restando apenas uma folha de 50 unidades que havia sido enviada a Galvez como prova de impressão. 

ENVELOPE CIRCULADO COM CARIMBO “GOVERNO MILITAR PROVISÓRIO DO ACRE”:

Frente do envelope com o famoso carimbo "Governo Militar Provisório do Acre" (Acervo do Autor).


carimbo "Governo Militar Provisório do Acre"






REFERÊNCIAS:

- https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_do_Acre (Site de pesquisa sobre a República do Acre);

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