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quinta-feira, 12 de junho de 2014

LZ 127 Graf Zeppelin - Vôo inaugural em Recife - Pernambuco

Em seu vôo inaugural, o "Graf Zeppelin" chegou ao Recife, atracando no Campo do Jiquiá em 22 de maio de 1930. Em terra, mais de 15.000 pessoas foram assistir ao evento. Para recepcionar a aeronave, passageiros e tripulantes, ao local estiveram presentes o próprio governador do estado de Pernambuco, Estácio Coimbra e o sociólogo Gilberto Freyre

A aeronave permaneceu no Recife até o dia 24, quando, pela madrugada, alçou vôo para o Rio de Janeiro, seu verdadeiro destino. Nesse meio tempo, ocorreram na cidade diversas manifestações de carinho, como recepções, almoços e jantares, além de presentes ofertados pela colônia alemã, como uma plaqueta cravejada de brilhantes.

A visita inusitada foi registrada em versos pelo poeta Ascenso Ferreira:
“Apontou / parece uma baleia se movendo no ar /
Parece um navio avoando no ares! /
Credo, isso é invento do cão! /
Ó coisa bonita danada. /
Viva seu Zé Pelin! /
Vivôoo…”

Estes versos do poeta estão gravados na placa aposta ao pé da torre metálica do Jiquiá, pelo Governo do Estado de Pernambuco, em 15/9/1981, para perpetuar a lembrança dos 51 anos da primeira escala do Graf Zeppelin no Recife, transformando-a em monumento tombado pela FUNDARPE, após sua restauração, por se tratar da única ainda existente no mundo.                

                       Zeppelin pousa no Recife - 20 de março de 1930
 
No comando da aeronave estava o Professor Hugo Eckener. O primeiro brasileiro a fazer este percurso, da Europa para o Brasil, foi o engenheiro Vicente Licínio Cardoso. Era a primeira viagem de uma longa carreira de vôos, tão regulares que, à época, se afirmava que era possível acertar o relógio por eles. Nas viagens ao Brasil, somente na cidade do Recife e do Rio de Janeiro, o LZ-127 fazia paradas, reabastecimento e embarque e desembarque de passageiros e cargas.

                         

                                               O Graf Zeppelin em Jiquiá, Recife

O LZ 127 Graf Zeppelin, no período que viajou ao Brasil, sobrevoou vários estados e cidades, como em 1º de julho de 1934, quando passou pela cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina, na época com pouco mais de 40 mil habitantes, e foi sobrevoada uma segunda vez em 1936, só que pelo LZ-129 Hindenburg.

Ele foi uma única vez para Buenos Aires, no final de junho de 1934. Nesta viagem experimental, sobrevoou por cidades como Porto Alegre, Pelotas e Paranaguá.

Foi na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, que a companhia alemã Luftschiffbau Zeppelin GmbH construiu um dos três hangares exclusivos da linha, sendo dois na Alemanha e um terceiro no Brasil, esse inteiramente subsidiado pelo governo brasileiro. 


                        Zeppelin entrando na Baía de Guanabara – 25.05.1930

O chamado Hangar do Zeppelin localiza-se nas dependências da Base Aérea de Santa Cruz, unidade da Força Aérea Brasileira, no bairro de Santa Cruz na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Trata-se de um hangar, edificação de grandes dimensões destinada a abrigar os dirigíveis alemães conhecidos como zeppelin. Atualmente é um dos últimos hangares mais bem conservados para dirigíveis existentes no mundo. 

É tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e poderá ser reconhecido por lei (PL 422/2009 da Câmara de Vereadores da Cidade do Rio de Janeiro) como uma das eleitas sete maravilhas do histórico bairro de Santa Cruz, por real interesse turístico e sociocultural da cidade do Rio de Janeiro.

           

Hangar do Zeppelin localiza-se nas dependências da Base Aérea de Santa Cruz, unidade da Força Aérea Brasileira,  cidade do Rio de Janeiro

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